Quase uma canção

Eu nunca achei o mundo um lugar muito “normal”. Para falar a verdade esses conceitos sobre normalidade e anormalidade são muito estranhos para mim, de verdade. Talvez ordinários, extraordinários, comuns, incomuns sejam palavras mais plausíveis, talvez. A questão é que esse tempo sob a égide de uma peste “nova”, inusitada vem carregado de estranhamento. Estranhamento

Extensão universitária e comunicação cidadã

Hoje, mais precisamente às 11h, a Associação Brasileira de Comunicadores em Comunicação Popular, Comunitária e Cidadã promove o Webnário Extensão Universitária e Comunicação Cidadã. Participo, junto com as docentes Luzia Yamashita Deliberador (Faculdade Maringá/ Universidade Estadual de Londrina) e Milena Marra(Universidade de Brasília). Integro a ABPCOM e represento a Universidade Federal da Paraíba, onde comecei

Jornalismo, atividade essencial

Antes que as primeiras medidas no enfrentamento à pandemia do Covid-19 viessem à tona, jornalistas no mundo inteiro se desdobravam para o entendimento da conjuntura internacional, num cenário complexo de uma catástrofe de escala global, com o advento da presença, disseminação e enfrentamento ao Coronavírus. Não é de hoje, na história da humanidade, especialmente a

Babete

À memória de Suely Araújo, minha irmã. Babete me acolheu quando ela tinha dezesseis anos. Foi quando eu cheguei em sua vida. Passei a conhecê-la melhor quando eu tinha cinco ou seis anos de idade, pelos rituais que cumpria, ao desembaraçar meus cabelos longos, fazer um coque “estilo” princesa Léa (Guerra nas Estrelas), para que

Brincantes da luz

Em meados dos anos 1990 eu conheci um coletivo de fotógrafos paraibanos que transformaram a cena das artes visuais, ao colocarem em evidência a Fotografia num território que de forma rara considerava a imagem fotográfica como arte, linguagem. O circuito das Artes Visuais da Paraíba pouco dava a atenção ao circuito da Fotografia. Assim, ao

O renascimento é uma dádiva

Essa semana pensei muito no período da Quaresma. Fazia até certo tempo que não fazia uma imersão na data, em suas temporalidades. Para quem teve avós, pai e mãe religiosos, esse período deixou seus rastros. Fiquei refletindo sobre esse marco, porque a Quarentena me direcionou de volta ao Ciclo de Páscoa. E dois grupos com

Palavras não alcançam

Enquanto escrevo penso que estou numa jornada. São muitas as emoções voando aqui dentro. Sinto uma revolta imensa com o comportamento facínora dos vermes, que equacionam as vidas humanas monetariamente. Violam tudo e todos. Na maior de todas as crises humanitárias até aqui, somente a malignidade elevada ao extremo poderia produzir tamanha atrocidade genocida. Mas

Nísia Floresta

Para muitas pessoas Nísia Floresta pode significar o município do Rio Grande do Norte, situado à 42 km de Natal. Recentemente a cidade ficou em evidência na grande mídia, pela rebelião na unidade prisional de Alcaçuz. Antes chamada de Papari, a localidade é o lugar de origem de uma das pioneiras na luta pelo direitos

Diário de uma quarentena

Eu acho muito estranho uma quarentena num país ensolarado. Só sei que quarentena é quarentena onde quer que você esteja no Planeta, mas cada um reage de forma particular a obrigatoriedade de manter isolamento. Confesso que quando tudo começou muitas imagens de filmes povoaram minha cabeça, de Resident Evil (que assisti apenas flashes) a tantos

Vermes, vírus & vaga-lumes

Não tenho medo de vermes. Apenas repugnância. Em minha imaginação os vermes já nasceram como anjos decaídos, condenados ao nada, imersos numa podridão. Talvez vermes não temam vírus. Nas últimas semanas, antes de dormir, fiquei muitas vezes pensando na sombra “invisível” da morte rodeando diversas partes do Planeta. Lembrava de narrativas sobre pragas que haviam