Vestida de tempo & mar

O tempo é um pássaro a sobrevoar o céu de nossas almas. E por vezes do poente, “da janela lateral do quarto de dormir” paro absorta a contemplar a paleta de cores a se desmanchar a cada crepúsculo. Observo o tempo no corpo, em especial no útero, nesse ciclo interior de chegada e partida. Penso

Além da peste, a fome

Todos os dias enquanto passo a vista nas redes sociais acompanho a mobilização de muitos segmentos para livrar muitas pessoas e famílias da fome. Distante do agendamento midiático durante algum tempo, a pauta da fome retoma com força, como expressão de uma desgraça nunca superada. A fome e a insegurança alimentar dizem muito mais das

Quase uma canção

Eu nunca achei o mundo um lugar muito “normal”. Para falar a verdade esses conceitos sobre normalidade e anormalidade são muito estranhos para mim, de verdade. Talvez ordinários, extraordinários, comuns, incomuns sejam palavras mais plausíveis, talvez. A questão é que esse tempo sob a égide de uma peste “nova”, inusitada vem carregado de estranhamento. Estranhamento

Palavras não alcançam

Enquanto escrevo penso que estou numa jornada. São muitas as emoções voando aqui dentro. Sinto uma revolta imensa com o comportamento facínora dos vermes, que equacionam as vidas humanas monetariamente. Violam tudo e todos. Na maior de todas as crises humanitárias até aqui, somente a malignidade elevada ao extremo poderia produzir tamanha atrocidade genocida. Mas

Vermes, vírus & vaga-lumes

Não tenho medo de vermes. Apenas repugnância. Em minha imaginação os vermes já nasceram como anjos decaídos, condenados ao nada, imersos numa podridão. Talvez vermes não temam vírus. Nas últimas semanas, antes de dormir, fiquei muitas vezes pensando na sombra “invisível” da morte rodeando diversas partes do Planeta. Lembrava de narrativas sobre pragas que haviam